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Arquitetos: Fontdevila Casajuana Arquitectes ; Fontdevila Casajuana Arquitectes
- Área: 324 m²
- Ano: 2016
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Fabricantes: Rothoblaas, Carinbisa, Euronit, Stora Enso, Zania, Zehnder
Descrição enviada pela equipe de projeto. Durante o projeto, a todo momento foram seguidas duas premissas básicas. A primeira, era conseguir uma residência na qual a maior parte do programa estivesse implantada no térreo, com uma clara relação com o jardim e o entorno. A segunda, era criar uma casa respeitosa em relação ao meio ambiente, concebida sob o padrão Passivhaus, de muito baixa demanda energética, e onde fossem utilizados processos construtivos baseados na construção a seco.
A estratégia de implantação foi gerar um edifício em forma de L, fechando-se em relação às edificações vizinhas e, ao mesmo tempo, abrindo-se para o jardim, aproveitando a iluminação solar natural e as boas vistas.
A solução volumétrica foi simples, com dois primas retangulares, no térreo gerou-se a planta em forma de L, e um terceiro prisma no primeiro pavimento unia os dois volumes anteriores.
Para poder implantar a maior parte do programa no térreo, optou-se por esgotar ao máximo a ocupação do lote e por dividir o programa, deixando todas as áreas de serviço no subsolo e distribuir os cômodos da residência no térreo. Assim, foi possível simplificar seu uso e minimizar as circulações entre os diferentes espaços.
Assim, o volume localizado na parte interna contém o programa privado (dormitórios e áreas de serviço), enquanto o outro contém a parte pública, com a sala, sala de jantar e cozinha. Os dois volumes são conectados através do núcleo de comunicação vertical e de um terceiro corpo no primeiro pavimento que contém o estúdio.
Finalmente, um quarto elemento em forma de pérgola é responsável por unificar volumetricamente todo o conjunto.
Durante o processo de concepção, levou-se muito em conta os aspectos ambientais e de eficiência energética, como o aproveitamento da radiação solar que permite cobrir a demanda energética com uma fonte limpa e gratuita. O projeto, com grandes beirais no sul, nos permite, durante o inverno, aproveitar o calor do sol para aquecer a residência, e, durante o verão, pelo contrário, nos protege, evitando um superaquecimento da mesma.
A materialização do projeto foi gerida com a clara intensão de conseguir uma construção sustentável. O uso de materiais naturais nos permite que 80% do que foi utilizado possa ser reciclado.
A parte estrutural (lajes e paredes) é formada por painéis de madeira contralaminada CLT. A tecnologia de controle numérico empregada para os elementos estruturais permite ter um controle muito maior do produto acabado, já que são feitos em oficinas e posteriormente transportados para a obra, onde são montados.
Um bom envoltório térmico e o controle exaustivo em obra para minimizar as perdas energéticas, além de um sistema de recuperação do calor que nos permite transferir grande parte do calor que transporta o ar interior ao ar de renovação exterior, fazem com que a entrada extra de calor seja muito baixa, gerando, assim, uma demanda energética muito baixa.